sexta-feira, 30 de maio de 2008

Secção-Maravilha?


Eis, meus amigos, a Secção de Lança-Granadas Foguete, do Pelotão de Acompanhamento, da Companhia de Caçadores 174.
Não era, não senhor: não era a secção-maravilha.
Mas era, com toda a certeza, uma maravilha de secção!
Eles aqui estão, garbosos, já em terras moçambicanas, em Agosto de 1961, pouco tempo após o início da comissão.
Durante vinte e seis meses, estes nove homens saberiam ser uma equipa coesa e abnegada, cimentando uma grande amizade recíproca, que perdura ainda hoje.
Para vós, esta singela homenagem.
A. Calamote.

domingo, 18 de maio de 2008

Quartel em Moatize...

Ao fim de 14 meses de comissão tivemos o nosso quartel, novinho em folha, com dois portentosos embondeiros nas estremas. Foto de Setembro de 1963.

Chegada a Moatize

Esta foto é de Abril de 1962 e tínhamos chegado recentemente a Moatize, próximo de Tete. Não havia quartel e fomos acantonados nas instalações da Companhia Carbonífera (CCM).
Apesar de se ver um grande edifício, a palhota de primeiro plano é o nosso refeitório; também se vê o depósito da água (que é fervida e depois filtrada), o parque-auto (ao relento) e o assador de churrascos. O resto das instalações fica encoberto com o refeitório.

O elemento dominante é o pó de carvão, que nos suja os lençois da cama e o corpo, que depois lavamos com água barrenta do rio, a mesma que é usada nas máquinas.

Vamos ter que fazer um quartel...

sábado, 17 de maio de 2008

Saudação

Já lá vai quase meio século que a cidade de Castelo Branco reuniu centena e meia de garbosos mancebos, lhes deu uma farda, lhes ensinou algo que tinha a ver com PATRIOTISMO, SENTIDO DO DEVER e CAMARADAGEM, e os mandou passar dois longos anos para o outro lado do mundo.

Elem cumpriram sem vacilar, superando dificuldades e insuficiências. Fizeram-no a pedido da pátria; sentiram que era esse o seu dever; cimentaram uma enorme camaradagem.

Camaradagem que perdurou para além daqueles dois dilatados anos. Camaradagem que continuaram a cultivar desde o já longínquo ano de 1963, em que retornaram à bela cidade da Beira Baixa, para desmobilizarem e cada um regressar a sua casa.

Perseverantemente, todos os anos se têm reunido num agradável e sempre concorrido almoço de confraternização – agora já extensivo a filhos e a netos...

Ao iniciar este blogue, que eu desejo que seja participado por muitos de vós, aqui deixo a minha mais sentida homenagem e a mais amiga saudação a todos os briosos rapazes da CCaç 174.